O Cristianismo e suas origens


Os primordios do cristianismo

No início do Cristianismo a mensagem cristã se propagara num ambiente de cultura judaica e de cultura helênica. Os discípulos de Jesus de Nazaré, num primeiro momento todos de origem judaica como o Mestre, se apresentam como seguidores do único Caminho que reconciliaria o ser humano com Deus, o Pai.

A partir de uma experiência do ressuscitado e do seu Espírito, as primeiras comunidades cristãs vão se constituindo e, concomitantemente, começam a difundir a Boa Nova do Reino revelada por Jesus. Primeiramente ao povo de Israel, pois o cristianismo surge no interior do judaísmo e muitas vezes foi visto até como uma seita judaica, e depois, principalmente pelo trabalho missionário de Paulo, aos gentios.

A principal fonte que nos mostra a origem dessa realidade é o que se convencionou chamar de textos neotestamentários ou simplesmente, Novo Testamento. Entretanto, a literatura cristã primitiva vai muito além dos textos do Novo Testamento. Várias obras redigidas no início da era cristã não foram incluídas no chamado Cânon cristão, ou seja, no conjunto de textos considerados sagrados e inspirados por Deus segundo os cristãos. Temos, assim, os textos Apócrifos ou ocultos, de origem cristã ou gnóstica, que muitas vezes são objeto de acaloradas discussões. Além disso, há os escritos dos chamados padres ou pais da Igreja. Ora, como e quando foram redigidos esses textos? Por que alguns fazem parte do Cânon do Novo Testamento e outros não? Qual o grau de confiabilidade dos Evangelhos canônicos já que Jesus nunca escreveu nada?

De Jesus aos Evangelhos

A vida pública de Jesus e suas pregações, cujo tema central era o Reino de Deus, ocorreram mais ou menos entre o ano 27 ou 30 da era cristã não havendo nenhum registro escrito efetuado pelo próprio pregador de Nazaré.

Antes do estabelecimento da tradição escrita, o Evangelho foi anunciado oralmente pelos discípulos do Nazareno e só aos poucos foi sendo consignado por escrito.

Assim, num primeiro momento, temos Jesus pregando a Boa Nova aos seus discípulos e ao povo com o auxílio lingüístico proveniente da tradição judaica, como as parábolas, por exemplo. Muitas vezes eles não compreendiam totalmente sua mensagem.

Entretanto, a compreensão da mensagem de Jesus e da sua pessoa mudará a partir de dois fatores importantes do ponto de vista cristão, isto é, a Páscoa (paixão, morte e ressurreição do Senhor) e Pentecostes (vinda do Espírito Santo sobre a igreja nascente em Jerusalém). A partir desses dois eventos os seguidores de Jesus passam a entender coisas que antes não entendiam, a compreender mais profundamente sua mensagem e a sua pessoa. Não lêem mais as Escrituras judaicas como judeus, mas sim a partir do evento pascal de Jesus e do seu Espírito.

Num segundo momento, então, a mensagem de Jesus passa a ser transmitida de

Jerusalém, após o Pentecostes, para várias outras regiões do mundo: Samaria, Síria, ásia Menor, Grécia, Roma etc. O ponto central deste querigma, ou seja, do primeiro anúncio, era a vitória de Jesus, por meio de sua Páscoa, sobre o pecado e a morte. Tudo o que estava disperso e condenado foi recapitulado nele ao Pai. Junto a este núcleo acrescentavam-se narrações de milagres, parábolas, disputas com grupos judaicos (fariseus, por exemplo), profecias, etc.

A diversidade de ambientes obrigou a igreja primitiva a fazer adaptações no anúncio da Boa Nova de Jesus conforme o contexto dos ouvintes, a fim de tornar a mensagem cristã algo significativo para eles. Isso não implica, necessariamente, que a mensagem original foi sendo deturpada. Em vários momentos percebe-se a preocupação dos primeiros cristãos com o passado e a fidelidade a Jesus (At 1,8.22; 3.15). Como também condenavam qualquer tipo de inovação que fosse estranha à mensagem original (Gl 1,8s; 1Tm 4, 1-3).

Desta maneira, a mensagem cristã, ao se difundir, foi assumindo formas literárias diversas: a apologética, a oração litúrgica, a catequese sistemática, a controvérsia etc. Ademais, conforme iam pregando o Evangelho, os primeiros cristãos sentiram necessidade de registrar de maneira escrita ao menos algumas partes deste anúncio (ensinamentos e ditos de Jesus, séries de milagres e parábolas, narrativas da paixão e ressurreição) com o intuito de ajudar os futuros discípulos e comunidades.

Num último momento, os cristãos notaram o quanto ganhariam com a compilação, em um todo organizado, desses fragmentos da pregação cristã. Das várias compilações efetuadas quatro foram reconhecidas pela Igreja como canônicas: Mateus, Marcos, Lucas e João. Os três primeiros possuem uma dependência entre si e são chamados sinóticos, pois podem ser postos em colunas paralelas e abarcados num único olhar. Já João seria fruto de uma outra fonte, a tradição joanéia.

Segundo alguns biblistas teria existido um evangelho segundo Mateus escrito em aramaico na terra de Israel. Esta redação teria servido de referência para Marcos e Lucas que o teriam utilizado acrescentando características próprias. O texto de Mateus em aramaico teria sido traduzido para o grego, porém o tradutor teria reestruturado o texto aramaico servindo-se de Marcos. Assim, o texto grego de Mateus (único existente, porque o aramaico se perdeu) a partir de uma certa perspectiva é o mais antigo, mas por outro ângulo o mais recente.

Concomitantemente e posteriormente a essas compilações, diversos textos sobre Jesus e a fé cristã foram redigidos. Todavia, nem todos foram aceitos pela Igreja.

 

O cânon cristão das Escrituras

A palavra cânon, do grego, significa regra, medida. O cânon cristão, portanto, é a regra das Escrituras, o catálogo dos livros considerados inspirados por Deus. Assim, canônico é o livro que está incluso neste catálogo.

A formação do cânon ocorre ao mesmo tempo em que vai se estabelecendo a autoridade dos bispos na Igreja e também na medida em que ocorre o distanciamento entre o fato fundador, o evento Jesus, o testemunho apostólico e a pregação das primeiras comunidades. Devido a essa realidade os cristãos sentiram necessidade de estabelecer um catálogo definitivo, a fim de manter as Igrejas fiéis a sua origem.

Todavia, do ponto de vista histórico, não é tão simples encontrar uma decisão formal da Igreja primitiva que tenha estabelecido oficialmente o cânon das Escrituras. Foi uma tomada de consciência progressiva que, aos poucos, foi construindo um certo consenso entre os seguidores de Jesus. Se do ponto de vista do princípio e do conteúdo, até o final do século II, o cânon do Novo testamento já está fundamentado. Referente a alguns escritos, como Hebreus e Apocalipse, ainda permanecerá algumas dúvidas até o final do século IV. Na virada do século V alguns concílios africanos apresentam um catálogo dos textos do Novo Testamento. Contudo, somente no concílio de Florença em 1442 é que aparecerá de fato uma lista dos livros considerados canônicos. O concílio de Trento em 1546 retomará essa lista.

Na realidade não foram os cristãos que criaram a idéia de um cânon das Escrituras. Isso foi uma herança dos judeus, os quais também, por vários fatores, tinham sentido a necessidade de estabelecer um cânon das suas Escrituras. Entretanto, havia uma divisão na comunidade judaica referente a este assunto, existindo dois cânones das Escrituras: o cânon palestinense estrito, que só aceitava os livros chamados “protocanônicos”, isto é, livros catalogados em primeiro lugar, originário do judaísmo não helenizado da Palestina. E o cânon alexandrino amplo, que aceitava não só os “protocanônicos”, mas também os “deuterocanônicos”, isto é, livros catalogados em segunda instância após terem sido controvertidos, originários da comunidade judaica helenizada.

Esses textos judaicos, na Igreja Antiga, foram denominados de “antigo testamento” ou “antiga aliança”, mostrando o modo distinto de cristãos e judeus se relacionarem com essas obras. Nos primeiros séculos da era cristã tanto os livros hebraicos como os gregos são mencionados pelos autores cristãos.

Porém, entre os cristãos até hoje ainda há algumas divergências referente ao cânon do Antigo Testamento. Alguns seguem o cânon palestinense restrito, como os cristãos de tradição reformada, e outros seguem o cânon alexandrino mais amplo, como os cristãos de tradição católica. Mas referente ao Novo Testamento o consenso está presente. Temos: os quatro evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João), os Atos dos Apóstolos, as Epístolas de São Paulo ou atribuídas a ele (Romanos, I e II Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, I e II Tessalonicences, I e II Timóteo, Tito, Filemon e Hebreus), as Epístolas católicas (Tiago, I e II Pedro, I, II e III João e Judas) e o Apocalipse de João.

Desta maneira, fica evidenciado que não são as Escrituras por si próprias que determinam o seu catálogo. Há, para a maioria dos cristãos neste ponto, um pressuposto de fé: o Espírito Santo iluminou e orientou a Igreja de Cristo nesta escolha. Tudo indica que os critérios utilizados pela Igreja para estabelecer o cânon do Novo Testamento foram três: – o critério apostólico, pelo qual procurava-se analisar a relação de um texto com o testemunho original da era apostólica e das pessoas que presenciaram o evento fundador. – o critério eclesiológico, pelo qual identificava-se quais livros eram lidos em público e acolhidos em determinadas Igrejas que tinham na época uma importância muito grande e devido a essa autoridade se estendida essa leitura ás demais Igrejas.

– o critério cristológico, pelo qual analisava-se quais textos apresentavam uma imagem de Cristo que não contradizia o querigma apostólico.

A partir desses critérios a Igreja, na sua história, foi excluindo vários textos do seu cânon.

 

A literatura apócrifa da era cristã

Ao analisarmos a literatura cristã antiga precisamos fazer referência a um conjunto de textos que geralmente são objeto de controvérsias. Entretanto, independente disto, são muito importantes para poder se reconstruir o ambiente, os anseios e o pensamento dos primeiros cristãos.

A palavra apócrifo, do grego, significa oculto. Os apócrifos eram livros não canônicos, pois não correspondiam aos critérios estabelecidos pela Igreja Cristã para reconhecer um livro como canônico, isto é, inspirado, sagrado. Geralmente eram lidos em âmbito particular.

Dentre os apócrifos do Novo Testamento temos vários Evangelhos, Atos de diversos apóstolos, Epístolas e Apocalipses. Contudo, uma consideração e distinção importante que se deve fazer referente a esses textos, para se evitar muitas confusões, é sobre suas origens. Ou seja, há apócrifos de origem cristã e apócrifos de origem gnóstica. Os apócrifos de origem cristã geralmente são vistos como fantasiosos, imaginativos. Parecem que querem, muitas vezes, completar aquilo que teria ficado faltando aos textos canônicos. Todavia, a imagem que apresentam de Jesus, na sua essência, não destoa totalmente dos livros canônicos e da visão que a maioria das comunidades cristãs possuíam sobre o Nazareno.

Enquanto que os apócrifos de origem gnóstica já apresentam um Jesus e uma fé cristã bem distante dos cânones oficiais.

Gnose, em grego, quer dizer conhecimento. Deste termo se origina a palavra gnosticismo, o qual indica uma corrente de pensamento filosófico-religiosa fundamentada no conhecimento de algumas sentenças secretas, às quais somente alguns iniciados teriam acesso.

O gnosticismo procurou fazer uma síntese de religiões orientais, com elementos da filosofia grega e noções religiosas do judaísmo.

A característica primordial do pensamento gnóstico era o dualismo entre espírito bom e matéria má. Deste princípio os gnósticos deduziam algumas idéias. Primeiramente que o mundo material não foi criado por um Deus bom, mas é conseqüência de uma queda no mundo espiritual. Por sua vez o homem é uma centelha divina aprisionada e que precisa ser liberta. Para efetuar essa libertação veio ao mundo um Salvador que só possuía uma corporeidade aparente. Cada homem se salva na medida em que é revelado a ele sua verdadeira origem e natureza. é esse conhecimento que possibilita ao homem sua salvação ou libertação. Os homens se dividiriam em materiais, psíquicos e espirituais, sendo que Jesus só revelaria seus ensinamentos secretos aos últimos. Disto tudo se segue, obrigatoriamente, que se os textos cristãos revelam um Deus bom, não pode ser o Deus do Antigo Testamento, criador da matéria e justiceiro terrível.

Essas idéias estão muito presente nos apócrifos de origem gnóstica. Além disso, segundo esses textos, Jesus teria passado após a sua ressurreição um período com seus apóstolos transmitindo doutrinas secretas. Talvez seja por isso que esses textos, geralmente, possuem sentenças enigmáticas.

Nos próprios textos canônicos, principalmente na tradição joanéia, já encontramos uma crítica muito intensa a esse tipo de pensamento. Porém, o grande crítico do gnosticismo vai ser Santo Irineu de Lião, um grande Padre da Igreja.

 

Os Padres da Igreja e o encontro entre cristianismo e filosofia

Além dos textos que compõe o Novo Testamento e dos Apócrifos, nos primeiros séculos da História do Cristianismo, existiram escritores cristãos cujo objetivo principal era colaborar para a reta elaboração das verdades da fé, são os chamados Padres ou Pais da Igreja. Adentramos aqui no período da Patrística, que se divide em Grega e Latina. No Oriente a Patrística vai até 749 com São João Damasceno, e no Ocidente até 604 com o Papa São Gregório Magno.

Para um escritor cristão ser considerado Padre ou Pai da Igreja ele precisa possuir quatros notas de distinção: ortodoxia da doutrina, santidade de vida reconhecida pelos contemporâneos e posteros, aprovação da Igreja e antigüidade. Os autores que não reúnem esses atributos são chamados de escritores eclesiásticos.

Num primeiro momento temos, segundo a tradição cristã, os chamados “Padres apostólicos” que, se não conviveram com os apóstolos, provavelmente tiveram alguma relação com discípulos imediatos dos mesmos, sendo assim uma fonte muito importante para se ter acesso à era apostólica. São eles: São Clemente de Roma, Santo Inácio de Antioquia, São Policarpo de Esmirna, o pseudo Barnabé, Papias de Hierápolis e Hermas. Junto com esses escritores cristãos geralmente a Didaqué, texto de cunho litúrgicocatequético, é acrescentado.

Depois encontramos os “Padres Apologistas” que, como o próprio nome já diz vão se colocar em defesa da fé cristã devido a várias acusações feitas contra o cristianismo, diferente dos Padres apostólicos que queriam orientar os fiéis e estabelecer comunidades. O principal nome é São Justino, acompanhado de Quadrato, Aristides de Atenas, Aristão de Pela, Atenágoras de Atenas, Taciano, Teófilo de Antioquia etc.

Ora, além desta realidade dos Padres apostólicos e dos Padres apologistas, o pensamento patrístico em geral é uma tentativa de se efetuar uma síntese entre a tradição filosófica grega e a doutrina das Sagradas Escrituras. Dentre os Padres da Igreja vão se apresentar duas posturas ou atitudes diferentes, de conciliação/aceitação de um lado e de recusa/ruptura do outro, em relação ao pensamento grego que remontam, segundo alguns estudiosos, ao apóstolo Paulo.

Em At 17, 16-34, o apóstolo Paulo se encontra no Areópago de Atenas discursando ao povo. Na estrutura do discurso paulino encontramos num primeiro momento vários elementos e referências á Filosofia grega e apenas posteriormente o apóstolo dos gentios faz alusão a componentes da fé cristã como a ressurreição de Jesus, mostrando uma idéia de continuidade e conciliação entre a razão e a fé ou entre Filosofia e Cristianismo.

Essa postura de conciliação foi defendida por vários Padres da Igreja e autores eclesiásticos, dentre eles, por exemplo: Clemente de Alexandria, São Justino, Orígines. Para Clemente, assim como para os judeus foi dada a Lei para prepará-los para a vinda do Cristo, para os gregos foi dada a Filosofia para prepará-los para esse acontecimento. São Justino, por outro lado, irá desenvolver a sua teoria das sementes do verbo, segundo a qual o cristianismo teria a plenitude do Verbo de Deus que é Jesus. Porém, a presença de partes da verdade no helenismo indicaria a presença parcial do Verbo no meio deles. Assim, o cristianismo continuaria o que o helenismo começou e levaria à plenitude.

Contudo, o próprio apóstolo Paulo em I Cor. 1,17 – 2,16, assume uma outra postura perante o pensamento grego. Não temos mais uma atitude de conciliação ma sim de ruptura. Neste trecho ele procura mostrar a especificidade da sabedoria de Deus em relação à sabedoria do mundo. A sabedoria de Deus se expressa principalmente na loucura da cruz, valorizando as pessoas simples e desprezadas na sociedade. Enquanto, a sabedoria do mundo se apóia no poder do discurso racional e persuasivo da arte da oratória. Temos assim a sabedoria cristã de um lado e a sabedoria grega do outro lado. Um grande exemplo deste modo de pensar é Tertuliano. Para ele a Filosofia é a mãe das heresias, pois toda tentativa de explicar as verdades da fé pela razão levaria a uma racionalização do que foi revelado por Deus, surgindo assim o pensamento herético. Logo, Jerusalém (a Igreja) não possui nenhuma relação com Atenas (Filosofia), pois quem tem o Evangelho de Cristo não precisa dos filósofos gregos.

No decorrer do período Patrístico e da própria História da Igreja, a atitude de conciliação entre Filosofia e Cristianismo, Razão e Fé, na maioria das vezes, foi a que prevaleceu.

Encontramos nos Padres da Igreja e nos escritores eclesiásticos, mesmo naqueles que rejeitaram o pensamento grego, elementos do platonismo (geralmente a corrente que mais seduziu os pensadores cristãos deste período), do aristotelismo e do estoicismo.

Enfim, após essas diversas considerações sobre o cristianismo e suas origens, percebemos que o nascimento da fé cristã e dos seus textos sagrados está longe de ter esgotado as pesquisas e as reflexões.

Bibliografia usada e recomendada

As Escrituras gnósticas. São Paulo, Loyola, 2002.

Arenhoevel, D. Assim se formou a Bíblia. São Paulo, Ed. Paulinas, 1978.

Barrera, Julio T. A Bíblia judaica e a Bíblia cristã. Petrópolis, Vozes, 2003.

Bettencourt, D. Estevão. Para entender o Antigo Testamento e os Evangelhos. Rio de Janeiro, Agis, 1959.

Drobner, Hubertus R. Manual de Patrologia. Petrópolis, Vozes, 2003.

Harrington, Wilfrid J. Chave para a Bíblia. São Paulo, Paulus, 2004.

Lafont, Ghislain. História Teológica da Igreja Católica. São Paulo, Ed. Paulinas, 2000.

Moraldi, Luigi. Evangelhos Apócrifos. São Paulo, Paulus, 1999.

Sesboüé, Bernard. História dos Dogmas. São Paulo, Loyola, 2002.